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Agricultores e técnicos trocam experiências sobre fruticultura irrigada em reunião técnica e dia de campo em Flores de Goiás

Agricultores e técnicos participantes do Projeto Fruticultura Irrigada do Vão do Paranã, iniciativa da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa/GO) que tem a Embrapa Cerrados entre os parceiros, se reuniram em Flores de Goiás (GO) nos dias 19 e 20 de junho para trocarem conhecimentos e experiências sobre o plantio irrigado de manga e maracujá.

O projeto, que também tem a participação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), da Emater/GO, do Senar/GO e de prefeituras de municípios da região do vão do rio Paranã, no Nordeste goiano, busca viabilizar a produção irrigada de frutas por cerca de 5 mil famílias de agricultores assentados de reforma agrária de Flores de Goiás, Formosa e São João d’ Aliança. Na etapa-piloto do projeto, em 2023, 10 famílias foram contempladas com kits de irrigação e espaldeiras para o maracujá e outras 138 foram selecionadas pela Seapa/GO para receberem os kits neste ano.


Durante o encontro, produtores que já implantaram os pomares de manga e maracujá foram visitados pelos técnicos das instituições integrantes do projeto, que avaliaram os sistemas de produção como suporte às ações de transferência de tecnologia e retroalimentação das pesquisas realizadas pela Embrapa Cerrados. Também foram coletadas informações para as avaliações de impactos econômicos, sociais e ambientais das ações técnicas e de políticas públicas empreendidas pelo projeto.


Uma das propriedades visitadas foi a de Luciana de Neves. Ela e o marido Edgar dos Santos, participantes pioneiros do projeto, não tinham experiência prévia com os cultivos de manga e maracujá. Agora, 10 meses após a implantação dos pomares, eles já produziram cerca de 10 toneladas de maracujá (as mangueiras iniciarão a produção em dois anos), com boa rentabilidade.


“Com o uso de tecnologia, nosso pomar de maracujá de 1 hectare está com ótimo desenvolvimento e sanidade, e a produção pode chegar a mais de 40 toneladas, de modo que vai ser possível pagar o financiamento e ter lucro” afirma o Edgar. “Atribuo esse sucesso da produção à água e à energia”, completa Luciana. “Água e energia levam desenvolvimento a uma região. Com água e energia, você tem irrigação, e com a irrigação pode produzir bem em regiões onde chove pouco”, afirma o pesquisador Lineu Rodrigues, líder do projeto pela Embrapa Cerrados.


Além de realizarem reunião de alinhamento das ações do projeto, os extensionistas rurais, gestores públicos e pesquisadores envolvidos na iniciativa puderam realizar troca de experiências com os agricultores e atualização técnica sobre o diagnóstico e controle de doenças e pragas do maracujazeiro e da mangueira.


No dia 19 de junho, o pesquisador Nilton Junqueira apresentou uma palestra sobre o diagnóstico e estratégias de controle das principais pragas e doenças do maracujazeiro. Já o chefe-adjunto de transferência de tecnologia da Embrapa Cerrados, Fábio Faleiro, falou sobre as cultivares de maracujazeiro-azedo desenvolvidas pela Embrapa BRS Gigante Amarelo, BRS Sol do Cerrado e BRS Rubi do Cerrado e sobre o aplicativo AgroPragas Maracujá, que auxilia na identificação e controle das principais doenças e insetos-praga da cultura do maracujazeiro.


Um dia de campo foi realizado, no dia 20, sobre operação e manutenção de sistemas de irrigação e fertirrigação na propriedade de Orlando e Kênia Paula Borges, do assentamento Bom Sucesso II. Na oportunidade, cerca de 200 participantes, incluindo os produtores irrigantes de Flores de Goiás, São João d’ Aliança e Formosa, foram capacitados com a participação do pesquisador Lineu Rodrigues e Roberto Santos, técnico da empresa da Netafim convidado para o evento.


“As ações de transferência de tecnologia e inovação realizadas nos eventos foram muito importantes para mostrar que já existem experiências de sucesso dos produtores contemplados pelo projeto de desenvolvimento regional baseado na fruticultura irrigada e que é possível aumentar a produtividade dos pomares com o manejo integrado de pragas e doenças e com a adequada operação e manutenção de sistemas de irrigação e fertirrigação”, diz Faleiro, acrescentando que o trabalho de capacitação dos agentes multiplicadores e dos produtores do projeto vai ter continuidade com eventos presenciais e com os cursos on-line e gratuitos disponibilizados na Plataforma e-campo da Embrapa.


Embrapa Cerrados


 

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